Iai genteeem, beleuuza?
A sumida aqui resolveu apareceu depois de quase ter um ataque do coração ao conhecer o blog da Deusuda de hoje.
Estou falando da lacradora, Frédérique Tietcheu,ou Freddie, ou Frank, enfim, meu Deus, o que é essa mulher xente?
A Fred é blogueira e já é considerada uma it-girl por grandes revistas, seu blog basicamente fala sobre estilo, beleza e sua rotina como consultora de moda, ministrante de workshop e mulher negra.


"Bem-humorada, a blogueira francesa que vive na capital inglesa não só posta looks incríveis na sua conta no Instagram como também ajuda as pessoas a se sentirem bem por dentro e por fora por meio da sua iniciativa chamada SHE Unleashed, um programa de workshops de sua autoria. " - REVISTA ELLE



Descobri a Freddie no blog da minha amiga Letícia, e desde então, isso faz algumas semanas, venho acompanhando seu trabalho e a cada nova foto em seu instagram eu penso: " Gente, ela existe mesmo?". E semana após semana eu passo a gostar mais da Freddie. 

Primeiro porque ela vive na capital mais chique do mundo e mostra que a moda não se restringe àquelas roupas estranhas que ninguém quer usar que transitam na passarela, ela apresenta um estilo simples mas ao mesmo tempo muito elegante. Chega ser legal gostar de moda através da leveza que ela passa sobre esse tema.
Segundo porque ela é muito empoderadora gente, sério, acho maravilhosa a forma que ela coloca as meninas pra cima, ajudando a construir uma base para auto estima independendo do estilo, raça ou classe social.
E terceiro porque eu amo-adoro o cabelo dela, que volume babadeiro é esse gente? Amor total por esse cabelo maravilhoso.
EU não classificaria a Freddie apenas como uma blogueira fashionista porque o blog dela é muito mais abrangente,e dialoga muito bem com a nossa realidade além-look, e pelo pouco que consegui ler (a barreira linguística nos atrapalha mas não nos separa) a Freddie  tem um discurso muito empoderador sobre as dificuldades pessoais de ser uma mulher negra vivendo na capital da moda que é majoritariamente branca, sobre ser casada com um branco, sobre manter o cabelo muito bem armado contra o preconceito e sobretudo, amar e aceitar quem você é. E a partir disso tudo ela usa sua experiência pessoal para fortalecer e incentivar outras meninas a se amarem e se "desatarem" das amarras estabelecidas pela sociedade, por isso o projeto SHE Unleashed  ganhou meu coração.

Abaixo um trecho (em inglês porque em português a tradução fica muito insensível, mas se você não conseguir entender nadica dá um translate só pra  você entender do que eu tô falando) que me emocionou muito e que me deu vontade de ter a Freddie aqui, pertinho da gente:

"See, I haven’t always felt confident or comfortable in my own skin. Throughout the past few years and as I transitioned from a teenager to a woman, I got closer to my femininity. How could I start to experience and love the person I would see in the mirror, make her as bold and strong as I wanted her to be? Fashion appeared to me as a weapon of massive confidence. But I quickly went back to the drawing board. Everywhere around me, on social media, TV or in my everyday life, the idea of fashionable, the idea of beautiful seemed to be about how sexy you could be. I started to dress according to what I had gathered but grew even more insecure. All of a sudden, I began to think that I had to squeeze myself into tight and revealing outfits to be perceived as an interesting, lovable, and beautiful woman. The problem wasn’t about looking sexy, but about sexy not being how I wanted to dress everyday. I also realised that there was so much more I wanted to be perceived as, and my dress code would just distract the attention from it. I decided to go on a quest for that girl, I would track her, find her, and bring her out. I started with my style and decided to stop caring what people would think. I would go for these bright colours that would always catch my eye, for these mansy brogues and trousers to channel my inner boy, for metallic and shiny prints to reveal my part-time cosmic super hero self, and for this big fuzzy hair which picks up on my bubbly and witty self.

Freddie. Unleashed."



Essa é a Freddie meu povo, uma mulher linda, poderosa da qual eu poderia escrever um jornal só para vocês entenderem o quanto eu a admiro. Espero que vocês se identifiquem com ela, com seu estilo babadeiro, com seu sorriso gigante quase quanto seu cabelo divo, e é claro, com sua postura de mulher que sabe onde é o seu lugar, ou seja, onde ela quiser!










Enfim meu patinho não está sozinho, chegou o dia de completar, como diz minha vó, dois patinhos na lagoa!
Vinte dois anos, ainda me acho tão nova mas tão velha ao mesmo tempo. Nunca imaginei que de 21 para 22 tanta coisa mudaria, o fato de ter me casado mudou minha mente, minha postura ante aos outros, e mudou a minha forma de perdoar, de relevar e de entender que as vezes (beeem as vezes) eu posso estar errada :p kkkkk 22 anos começou para mim com muitos aprendizados, com duras gotas de realidade mas sobre tudo, com muitos raios de esperança.
Trouxe essas fotos que o Renato tirou semana passada para comemorar o meu dia nesse tom de sépia natural, esse tom de aurora que se confunde com o tom de crepúsculo de cada dia, porque é como sinto esse momento da minha vida, uma aurora permanente dos vários dias que nascem e trazem consigo milhares de oportunidades para eu ser melhor, mas também com um tom de crepúsculo diário de coisas que eu preciso deixar que se findem como se finda cada dia. Fazer com que a linha do horizonte da minha vida separe o que deve acordar comigo no dia seguinte e o que deve se pôr junto com o sol.
Pensar que o dia nasce e morre todos os dias com o mesmo tom de cores no céu faz-me pensar que cada dia é uma pintura única das nossas vidas, e que a aurora e o crepúsculo são as molduras dessa pintura. 
Hoje meu quadro começou com um lindo nascer do sol por trás de dois cactinhos que tenho na janela, depois ficou colorido com um café da manhã lindo feito pelo meu amor, pessoas queridas ligaram dando pinceladas de amor para o quadro do dia e eu sei que daqui a pouco, na aurora desse dia 18 eu terei que me familiarizar com essa nova fase, deitar na cama e com os olhos fechados agradecer a Jesus pelo lindo quadro e pelas lindas cores que me foram concedidas nesse dia, e deixar que a linda pintura do dia seja levada com o sol para ser exposta na galeria das minhas memórias.
(ATUALIZANDO: meu dia terminou muito mais bonito do que eu esperava, não existe festa para mim se minha família não estiver comigo, no fim do dia, quando já não havia esperanças, ganhei um jantarzinho e um bolo MARAVILHOSO surpresa feito com muito amor pela minha mamis e minha irmã, meu papi fez um mega embrulho engraçado e eu tive que ler as matérias pra poder abrir o presente que era...um mega ventilador maravilindo! Siiiim, agora eu ganho presentes para casinha e me sinto muito felizzzzz. Meu dia terminou lindo!)
Sou feliz por estar pintando esse quadro de hoje com um pouquinho de vocês! Feliz dia 18, feliz obra de arte do dia, feliz aniversário para mim e para cada um que acordou com uma ruguinha a mais no dia de hoje.

























Blusa: Feita pela mãe de uma amiga
Calça: Marisa
Brinco: Riachuelo
Pulseiras: Brechós que amo
Bolsa: Riachuelo
Espadrille: Riachuelo (marca própria da loja, eu acho).



Oi gente, tudo bem com vocês? Comigo tudo ótimo!

Esse fim de semana nas minhas andanças pelo Netflix encontrei um filme que me deu até palpitação, A Vida Secreta das Abelhas, ou The Secret Life of Bees, agora está disponível no Netflix minha gente, é muito amor !
Eu li esse livro já faz uns 2 anos mais ou menos, achei no meio da bagunça da minha tia e quando terminei de ler logo o coloquei no topo da minha lista de preferidos.
Eu, particularmente, dificilmente gosto dos filmes que são gravados baseados em livros, porque nunca, jamais eles conseguem ser metade do que é o livro, por isso quando gosto muito de um livro não me preocupo em ver o filme com medo de desgostar sabe kkkk
Certa vez eu descobri que havia uma releitura em filme da Vida Secreta das Abelhas e até me dispus a assistir mas o site só tinha o filme picado, então deu bastante trabalho para assistir kk mas eu assisti assim mesmo, e sabem, pela primeira vez na vida me surpreendi tanto com o filme quanto me surpreendi com o livro. Sério gente, o filme é tão fiel ao livro que me deu vontade de abraçar a diretora, Gina Prince.
Por isso estou aqui para dizer para todos vocês, corram para o Netflix e assistam esse filme maravilhoso que conta a história de uma menina branca que foge com sua babá negra afim de encontrar a história real sobre sua mãe, mas durante o trajeto vê de perto a luta do povo negro por igualdade social. 

Pois bem, acha que eu estou exagerando né? Então vou te dar 3 motivos para você acreditar em mim ok?!





1º - No elenco temos ninguém menos que Queen Latifah,  Jennifer Hudson, e Alicia Keys meu povo. Eu já podia parar por aqui né, mas não, vamos lá, tem mais...


2º -  Há vários rumores de que o filme foi produzido por Will Smith e sua esposa, Jada Pinkett Smith, talvez por isso tenha sido tão fiel ao livro quando apresenta o quadro de racismo violento na década de 60 que tomou conta dos EUA quando o Direito Civil tornou-se lei, portanto, negros passavam a ocupar os mesmos lugares que os brancos, passavam a ter o direito ao voto e tantos outros direitos que até então, eram negados ao povo negro norte americano, bom, pelo menos no papel esses direitos agora, estavam adquiridos, porém o filme vai mostrar que a conquista de King não foi tão fácil assim de ser executada.


3º - O filme é muito sensível, sério, sem exageros! Lendo o livro eu choraminguei algumas vezes e vendo o filme não foi diferente. Ver em cenas o racismo sendo exposto te leva minimante a entender o quanto a luta de King, Rosa Parks, Malcom X, Sojourner Truth, e tantos outros foi dura e custou-lhes lágrimas e infelizmente, muito sangue.


Esses são só alguns motivos pra você terminar de ler esse post e correr pra assistir o filme ou ler o livro, ou os dois quem sabe :)

Prometo que você não vai se arrepender!






E um pedaçinho do filme para vocês entenderem do que eu tô falando!

  


Semana passada assisti um vídeo da Rayza em que ela falava sobre vencer barreiras próprias e enfim, usar o que se tem vontade de usar sem se preocupar com a opinião alheia, o vídeo é emocionante e cheio de verdades absolutas. 
Eu e mais um montão de meninas nos identificamos muitooo com o que a Ray disse, afinal, cada uma de nós possui algum defeitinho que gera insegurança e um baita medo da exposição. 

Pois bem, vim aqui, como primeiro post do ano, revelar UM dos meus !

Desde sempre achei lindo cabelos com coques, sério! Eu sempre amei coques soltos, presinhos, a lá festa e por ai vai, coques de todos os jeitos, e sempre achei que coque não era para mim por conta da minha enorme e gritante TESTA! OMG! Haja cabeça para tanta testa!

Na escola eu já estava acostumada com os apelidos, Karvorosa, Karapinha, Bob Marley (sim, eu usava uma boina marrom pra cobrir a testa), mas quando um menino me chamou de Testana ai meu mundo desabou, sério, porque de alguma forma eu já sabia que era testuda, e estava feliz por ninguém ter reparado até então, e de repente justo um menino bonitinho me botou esse apelido. Sim, eu carreguei os ecos desse apelido por muito tempo, mas já era hora das vozes silenciarem né?!

Pois então, eu sempre gostei de coques, nunca usei por ficar testuda, mas isso ficou para trás e eu pude enfim mas do que usar coque, usar DOIS coques!

Então é isso, estou aqui provando para mim mesma que bonito é se sentir bonita e conviver em paz com o que você considera um defeito, pois aquela característica é parte inegável de você, e escondê-la, camuflá-la ou sofrer por conta de um defeito é negar e ignorar todas as outras milhares de qualidades que você tem. Por isso eu, outrora Testana estou aqui, linda e sorridente, porque abaixo da minha testona há olhos que eu acho lindos, um sorriso que eu gosto muito e por baixo de tudo isso, há alguém em paz com quem lhe sorri no espelho :)












Eu não tinha planejado usar essa camiseta mas quando estava fotografando reparei na frase e percebi que ela caiu como uma luva pro que eu queria dizer, portanto, BE YOU querida,  SEJA VOCÊ sempre, não importa quantos olhares, caretas ou torcidas de nariz isso custe, sentir-se plena valerá sempre muuuito muuito mais que qualquer esforço para agradar os outros, agradece-se e você verá que isso basta!

Beijo beijo minha gente, e até logo...

Blusa: Riachuelo
Shorts: Nó Brechó - Zoomp
Brinco: Ganhei da minha irmã.
E no pé visto:  calcanhar descalço, da marca pézão no chão kk porque não sou obrigada a nada!



“Histórias, registros escritos, não é conto nem fábula, lenda ou mito.”, essa é uma frase da música Nego Drama do Racionais Mc, já ouvi essa música algumas milhares de vezes e nunca havia me atentado tão bem a essa frase ao ponto de fazer com que a vida imitasse a arte. Mas ainda bem que um garoto de 13 anos chamado Pedro Henrique Côrtes decidiu ver o mundo por um prisma bem maior.
Pedro decidiu sair da caixinha criadas nas aulas de história, ultrapassou os livros didáticos e encontrou a alma do povo brasileiro escondida por baixo de peles negras.
O quê o Pedro fez? Ele decidiu dividir com o mundo quem foram os homens e mulheres negras que marcaram a história com suas vidas, mesmo obstante da história oficial, pessoas como Luiz Gama,Carolina Maria de Jesus e Zumbi dos Palmares ilustraram grandes estórias da vida real e hoje renascem a cada vez que alguém dá play no canal do Pedro.
Tudo começou quando a mãe de Pedro, Egnalda Côrtes, levou o pequeno para assistir a peça "O topo da montanha" uma adaptação do texto de Katori Hall, dirigida por Lázaro Ramos. A história conta a caminhada de Luther King (se você não sabe quem é, pare tudo e leia este post). Ao fim do espetáculo Pedro pediu a sua mãe biografias de negros que marcaram a história da luta contra o racismo, Malcom X, King e Mandela foram os escolhidos pelo garoto. A partir daí a voz interna de Pedro começou a gritar e ele sentiu uma imensa vontade de compartilhar com outros garotos e garotas negras que não se viam representados pela história oficial que os livros nos contaram na escola.
A série "Meus Heróis Negros Brasileiros" rendeu mais de 5.000 novos inscritos para o canal do Pedro, é claro que eu estou inclusa nesse número.
A Rede TVT foi entrevistar o Pedro e eu tive que compartilhar o vídeo porque tenho vontade de abraçar ele toda vez que ouço ele dizendo: "o racismo foi um assunto que sempre me incomodou (...). Eu queria fazer alguma coisa, não podia ficar parado"! Obrigada Pedro por não ficar parado, sua caminhada vai longe e estamos aqui, torcendo e agradecendo a você, por tornar a nossa estória viva, nossos mártires, ao quer que estejam, sorriem e aplaudem você por continuar escrevendo a história que eles começaram ! 

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