Oi xeeente! Esses dias em uma das minhas andanças pela internet encontrei uma página que confesso, me surpreendeu muito.
Sabemos bem que no Brasil o racismo é silencioso,  e quem ousa tocar nesse assunto em uma roda de amigos, por exemplo, logo será tachado de chato, estraga prazeres e até vitimista.
Os argumentos racistas são repetitivos e as desculpas diversas, acreditam que se não falarmos de racismo, logo, não existirá racismo. 
Ora pois, brasileiro e seus jeitinhos para encobrir os problemas. Falas populares como "Tinha que ser preto" reforçam  a ideia de que no Brasil, o racismo é uma violência não somente racial, mas também de classes. Citarei a fala de Marcelo Paixão, doutor em sociologia e professor de economia pelo Instituto de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.
Ele mostrou alguns dados o quanto o racismo é real e velado no Brasil, dados esses que deve dar muito orgulho aos brasileiros (da elite) do Brasil, segue:

"Os negros brasileiros vivem seis anos menos que os brancos.
O número de analfabetos negros é o dobro do número de brancos.
A renda dos negros é a metade da renda dos brancos.
Os negros ficam dois anos a menos na escola que os brancos.
Se desmontarmos os números do IDH, índice do desenvolvimento humano, da ONU, veremos que se o Brasil fosse só dos brancos (O SONHO DA ELITE BRASILEIRA …) ficaria na 40a. posição do IDH.
O Brasil está na 70a.
Mas, se fosse só de negros, seria um país pobre africano e ficaria na 104a. posição.
Entre 2003 e 2009 foram libertados 40 mil brasileiros.
Isso mesmo, amigo navegante, “libertados”, ou seja, abandonaram a posição de escravos, porque viviam em fazendas sob o regime servil: não recebiam remuneração para poder pagar dívidas impagáveis.
Desses 40 mil escravos, 73,5% eram negros.
Ora direis, mas o Brasil é um país negro.
Sim, 50,5% da população é negra.
Mas, dos escravos, 73,5% são negros.
Mas, não, nada disso, nós não somos racistas no Brasil!"

Dentre esse relato e tantos outros que apresentam números específicos da disparidade social e racial entre classes no Brasil, temos o dever de discutir sim sobre o racismo e mais do que isso, se preciso, as vezes colocar o opressor no banco dos réus.
E foi exatamente isso que a página encontrada fez, "AeBRANCAO" é uma analogia a expressão Aêee Negão! comumente ecoada pelo país.
E a proposta da página é simples e direta, "E SE FOSSE VOCÊ?" , trazendo questões que só quem sente o racismo na pele sabe o peso e a constância desses tipos de comentários associados a nossa raça.
Pois bem, como você, branco, agiria diante de frases como essas abaixo ecoadas desde a sua infância?
Reflita e minimante tente se colocar no lugar de quem é oprimido e massacrado diariamente por esse racismo silencioso mais extremamente impregnado na nossa sociedade hipócrita.


OBS: Não estou aqui propondo uma contra revolta violenta, jamais fui a favor de combater o racismo com racismo, ou opressão com opressão, porém, como humanos conscientes da nossa condição não podemos ausentar de nossos ombros problemas que abrangem à todos, seja branco, negro, índio, a luta é de todos, para o bem de todos! A protagonização principal dessa luta incessante contra o racismo sempre será nossa, porém é preciso uma conscientização coletiva para que as mudanças não sejam utópicas.














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