Se lembra, quando eu chegava do colégio no primeiro ano, e corria pra você, me jogava nos seus braços e falava que eu e meus coleguinhas tinhamos feito um desenho muito lindo, você dizia que queria ver. Eu tirava minha mochila das costas, e o pegava. Era um bando de rabisco, com uma bola meio quadrada que eu dizia ser o sol. O que não fazia sentido pra ninguém, o que eram só riscos coloridos para todos, pra mim e pra você, era uma obra de arte. Então, você fazia meu dia ser o mais lindo com um “Que desenho mais lindo! Vamos colocar na geladeira?!”. Eu me animava toda. “Nossa, minha mãe vai por um desenho meu na geladeira… Eu realmente sou importante!”. Lembra, quando você alugava filme dos Bananas de pijamas pra mim, todos os sábados, e eu ficava no sofá, paralisada, vendo eles, e dançava junto. Você e o pai, riam de mim, e das minhas reações, todas diferentes, mas felizes, porque eu estava vendo Bananas de pijamas, e minha mãe que tinha alugado. Lembra, das noites que você me fez dormir, me contando uma história, de uma princesa, que sempre por coincidência, tinha o mesmo nome que eu, e eu ficava maravilhada. Uma princesa com meu nome! Que conhece um príncipe, e é feliz pra sempre. As noites que eu fiquei doente, e você ficou do meu lado, sem dormir, sem fazer nada, só ali, comigo. E os bilhetes da coelhinha da páscoa, as pegadas do coelhinho que você e o pai faziam, as moedas e cédulas da fadinha do dente.  Pois é mãe, sua princesa cresceu. E você me acompanhou, sempre, sempre ficou do meu lado, mesmo que eu tenha percebido, que não, papai noel não existe, fadinha do dente muito menos, que não existe isso tudo. E nem princesas e príncipes. Mas nem por isso, você deixou com que eu deixasse de ser a sua princesa, sua pequena princesa. Sua menininha, que precisa de cuidado. Eu cresci, e mudei, muito. E você sempre ali. E agora eu vejo tudo isso, mãe. Você não vai me deixar né? Eu cresci, mas ainda preciso tanto de ti. Se acontecer alguma coisa, eu vou te guardar aqui, comigo, no meu coração, e não vou fraquejar, não vou parar, porque você me ensinou a seguir, a levantar, a não demonstrar dor, porque se não a vida pisa mesmo. Mãe, eu te amo. Não só ontem, nem hoje, mas amanhã e depois também. Pra sempre. Se você for, deixa seu coração comigo. 

S;L


Se lembra, quando eu chegava do colégio no primeiro ano, e corria pra você, me jogava nos seus braços e falava que eu e meus coleguinhas tinhamos feito um desenho muito lindo, você dizia que queria ver. Eu tirava minha mochila das costas, e o pegava. Era um bando de rabisco, com uma bola meio quadrada que eu dizia ser o sol. O que não fazia sentido pra ninguém, o que eram só riscos coloridos para todos, pra mim e pra você, era uma obra de arte. Então, você fazia meu dia ser o mais lindo com um “Que desenho mais lindo! Vamos colocar na geladeira?!”. Eu me animava toda. “Nossa, minha mãe vai por um desenho meu na geladeira… Eu realmente sou importante!”. Lembra, quando você alugava filme dos Bananas de pijamas pra mim, todos os sábados, e eu ficava no sofá, paralisada, vendo eles, e dançava junto. Você e o pai, riam de mim, e das minhas reações, todas diferentes, mas felizes, porque eu estava vendo Bananas de pijamas, e minha mãe que tinha alugado. Lembra, das noites que você me fez dormir, me contando uma história, de uma princesa, que sempre por coincidência, tinha o mesmo nome que eu, e eu ficava maravilhada. Uma princesa com meu nome! Que conhece um príncipe, e é feliz pra sempre. As noites que eu fiquei doente, e você ficou do meu lado, sem dormir, sem fazer nada, só ali, comigo. E os bilhetes da coelhinha da páscoa, as pegadas do coelhinho que você e o pai faziam, as moedas e cédulas da fadinha do dente.  Pois é mãe, sua princesa cresceu. E você me acompanhou, sempre, sempre ficou do meu lado, mesmo que eu tenha percebido, que não, papai noel não existe, fadinha do dente muito menos, que não existe isso tudo. E nem princesas e príncipes. Mas nem por isso, você deixou com que eu deixasse de ser a sua princesa, sua pequena princesa. Sua menininha, que precisa de cuidado. Eu cresci, e mudei, muito. E você sempre ali. E agora eu vejo tudo isso, mãe. Você não vai me deixar né? Eu cresci, mas ainda preciso tanto de ti. Se acontecer alguma coisa, eu vou te guardar aqui, comigo, no meu coração, e não vou fraquejar, não vou parar, porque você me ensinou a seguir, a levantar, a não demonstrar dor, porque se não a vida pisa mesmo. Mãe, eu te amo. Não só ontem, nem hoje, mas amanhã e depois também. Pra sempre. Se você for, deixa seu coração comigo. 


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