Se pensar logo me faz existir da forma em que pensei, tenho pena de mim.
Penso tanto, imagino coisas que me envergonho de contar.
Faço suposições e acredito cegamente nelas. Afinal, o que eu imagino não é a verdade soberana?
Não! Infelizmente (ou felizmente) não é.
Meus pensamentos me sufocam, sufocam quem me rodeia e machucam até quem longe prefere ficar.
Dificilmente tenho respostas concretas, sentimentos concretos...as vezes um coração de concreto é o que pareço ter, um coração de concreto com ligações de ferro, que me causa um peso enorme bem aqui dentro desse peito frágil feito vidro.
Outrora, me achava forte, convicta e sábia, queria que me amassem, mas não queria amar.
Agora quero amar, preciso, necessito amar.
Agora já, acho uma bobeira esse conselho de mamãe dizer que sempre devo escolher alguém que me ame mais do que eu mesma...mais caramba, eu quero amar também.
Não quero só receber, ser elogiada e quase posta em um altar, isso me enjoa e me dá náuseas, amor mais sem graça de viver, feito piscina de hotel, sem ondas, sem perigos, e com uma profundidade pré-determinada. Eu quero um amor de mar. Talvez até de oceano. Um amor que não me dê pé, que me afogue as vezes, mais que me apresente belezas incontestáveis que só é vista por quem se arrisca à mergulhar, e que me cause frios na espinha como um surfista no topo da onda. As vezes o amor nos dá "caldos" que nos derrubam e dificultam o nosso levantar, mas ainda assim, as belezas de um amor-mar nos impede de acreditar que o amor é "caldo", porque quem um dia mergulhou no mar, não deixa que os "caldos" o impeçam de nadar.
Enfim, eu só quero poder aMAR!


Karola caraminholando sobre o mar que é AMAR!




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